08 março 2014

Não é feliz "o Dia da Mulher"

Hoje dentro do politicamente correto comemoramos "o dia da mulher". Em vez de comemorarmos o "dia da mulher" seria maravilhoso voltarmos a perspectiva bíblica: a unidade da família e não a fragmentação do indivíduo, quer seja o homem, ou a mulher. É neste sutil, mas desastroso ponto que o Movimento Feminista está ganhando terreno e promovido por uma mentalidade anti-família, ou propondo novos e estranhos modelos de família, que contrariam frontalmente o ensino das Escrituras!

Numa crítica ao movimento feminista de seus dias, ainda no nascedouro, B.B. Warfield analisa um dos seus pressupostos e, declara que
talvez, devesse acrescentar um esclarecimento do último ponto para que se faça a diferença entre Paulo e o movimento feminista de hoje [1919], que está arraigado numa diferença fundamental em suas perspectivas em relação à constituição da raça humana. Para Paulo, a raça humana é composta de famílias, e todos os diversos organismos – inclusive a igreja – estão compostos de famílias, unidos por este, ou outro vínculo. Portanto, a relação dos sexos na família continua na igreja. Para o movimento feminista a raça humana é composta de indivíduos; uma mulher é simplesmente outro individuo comparado ao homem, e não podemos considerar nenhum motivo para que existam diferenças ao tratar os dois. Se não podemos ignorar a grande diferença fundamental e natural dos sexos, e destruir a grande unidade social fundamental da família a favor do individualismo, parece não existir razão para que devamos eliminar as diferenças estabelecidas por Paulo entre os sexos na igreja; exceto, se supor-se, a autoridade de Paulo. Em tudo isto, finalmente, retornamos a autoridade dos apóstolos, como os fundadores da igreja.[1]

Fragmentar e aceitar o individualismo feminista, que promove a mulher em detrimento da família, não é uma ideia feliz. Assim, apenas sendo coerente e fiel ao ensino das Escritura Sagrada: FELIZ DIA DA FAMÍLIA!

NOTA:
[1] B.B. Warfield, Paul on Women speaking in Church in: John W. Robbins, ed., The Church Effeminate (Unicoi, The Trinity Foundation, 2001), p. 215.

11 fevereiro 2014

Ensinando o Breve Catecismo de Westminster para crianças

Ensinar crianças é algo maravilhoso. É participar de sua formação. Penso que devemos estudar com elas o Breve Catecismo de Westminster, porque ele foi preparado para crianças, e elas são aptas para aprender o seu conteúdo. Aqui ofereço algumas sugestões bem práticas de como preparar uma simples aula para nossas crianças. Estas sugestões se aplicam para professores que lecionam para a faixa etária de 7 a 9 anos [a turminha do "eu já sei ler"]:

1. Comece fazendo uma revisão da aula da anterior. Mesmo que quem lecionou seja outra pessoa, isso é necessário, por 2 motivos: 1) as perguntas do Breve Catecismo possuem sequência lógica e deve haver a construção didática na memória das crianças. 2) descubra o que eles aprenderam, e como a sua aula somará no conhecimento adquirido deles, progredindo com novas informações.

2. Memorização da pergunta/resposta do Breve Catecismo que será o tema de estudo da aula. Eles conseguem e devem ser incentivados a memorizar a pergunta e resposta. Se cada um aluno tiver o seu próprio Breve Catecismo é o ideal, senão, escreva no quadro, ou numa cartolina, ou use de forma dinâmica o data show!

3. Escolha sempre 1 versículo bíblico que resuma a sua aula. Veja que o próprio Breve Catecismo tem vários versículos chaves em cada pergunta/resposta. É só escolher 1 que melhor se encaixe com a sua aula.

4. Elucidação da pergunta/resposta do Breve Catecismo. É aqui que entra a lição e explicação da perg/resp do BC. Você pode fazer isto:
4.1. Explicando cada parte da resposta do BC;
4.2. Contando uma história bíblica ou moral;
4.3. Assistindo um breve vídeo ou desenho [no máximo 15 minutos] e conversando sobre ele depois;
4.4. Fazendo uma atividade lúdica [boneco, recortes, pintura, artesanato, etc.]

5. Aplicação da lição. Aqui algumas perguntas devem ser respondidas:
5.1. O que esta perg/resp quer dizer mesmo? Realmente entendi?
5.2. Como viverei esta verdade?
5.3. Como praticar esta verdade em casa?
5.4. Como praticar esta verdade na escola?
5.5. Como praticar esta verdade na igreja?
5.6. Como praticar esta verdade no esporte?
5.7. Como praticar esta verdade com meus amigos?
5.8. Como posso ensinar esta verdade pra outras pessoas?
5.9. O que não posso fazer que contradiz essa verdade?
5.10. O que posso fazer para ser melhor com o que aprendi?

Espero que estas orientações ajudem a preparar a nossa aula com zelo pela verdade, fidelidade ao Senhor e amor aos nossos pequeninos.

26 janeiro 2014

Minhas filhas, que tipo de marido vocês querem?

Tenho duas filhas: Larissa e Rebeca. A primeira não é nascida de mim, mas teve o seu nascimento dentro do meu coração, e a minha outra filha e mais nova, fruto do meu casamento com a minha esposa. Como pai que se preocupa com o seu futuro, e que tem procurado participar de sua formação, educação e oro diariamente para que o Senhor preserve-as em Sua graça, na Aliança de Cristo, importa-me e muitíssimo com quem elas se casarão.

De modo breve, mas não artificial, desejo compartilhar alguns pensamentos sobre indispensáveis princípios que espero que elas observem, e busquem para acertar na escolha de seus maridos, no temor do Senhor. Atentem: vocês devem procurar HOMENS DE DEUS.

Eles precisam ser "HOMENS de Deus". Devem ser homens com dignidade, com iniciativa de liderança, que nutrirão a sua esposa e protegerão em toda circunstância. Não podem ser covardes, nem meninos inseguros ou imaturos, nem instáveis em suas opiniões e objetivos.

Vocês precisam escolher "homens DE Deus". Eles devem viver o padrão procedente DE Deus. Não podem ser "da" impiedade ou da imoralidade secularizada desta sociedade corrompida e sem temor DE Deus. Se eles não tiverem a mente DE Cristo não servem para casar com moças que amam a Deus.

E, por último, mas não menos importante, eles precisam ser "homens de DEUS". Deus deve ser o seu Senhor, o seu Guia, o seu Salvador, deve ser Aquele a quem se submetem, a quem buscam, e amam acima de todas as coisas. Estes homens não podem ser indiferentes com os seus pecados, pois eles, em todo momento, estão diante de Deus. Eles se preocupam com a sua santidade, vida de oração, em alimentar-se com a Palavra de Deus, e uma vida de comunhão com Deus e o seu povo. Eles não devem ser conhecidos pela sensualidade, linguajar obsceno, nem lascívia, mas pelo seu temor ao Senhor.

Há muito mais o que dizer, mas, inicialmente estes critérios ajudarão no discernimento da vontade de Deus. E continuo orando, e supervisionando os meus tesouros. Em Cristo.

12 dezembro 2013

Discurso de formatura do João Marcos

Este discurso será lido pelo João Marcos como orador da sua turma durante a solenidade de formatura do primeiro ano do Ensino Fundamental. É uma imensa alegria vê-lo lendo! Escrevi o texto do discurso e sinceramente estou ansioso em vê-lo discursando hoje a noite.


Boa noite amados pais, queridos parentes e amigos

Estamos reunidos neste momento solene para agradecer o privilégio de sabermos ler. Deus usou algumas pessoas para que isso fosse possível: a diretora Terezinha Santana pelo seu cuidado, zelo e verdadeira preocupação conosco. Somos devedores da nossa professora Alessandra Nunes por participar da formação da nossa cidadania! Também reconhecemos a nossa dívida com todos os funcionários da Escola Presbiteriana XV de Novembro que nos receberam, amaram e cuidaram de nós neste ano de 2013.

Hoje somos pequeninos leitores, consumidores do conhecimento e amantes da verdade. Somos crianças que sinceramente desejam um próspero futuro para Porto Velho e Rondônia. Estamos vencendo ao saber ler e queremos aprender a pensar para crescer com o nosso Brasil.

Sabemos que a educação é importante, mas não é suficiente. Todos carecemos da benção de Deus. Somente o temor do Senhor nos dá sabedoria. A Escritura Sagrada nos ensina que somente temos comunhão com Deus através de Jesus Cristo, o nosso Senhor. Por isso, tudo o que fizermos, tudo o que ganharmos, todas as nossas amizades, e toda a vida, sejam somente para a glória de Deus!

Agradecemos por seu cuidado conosco. Aprendemos a andar, mas a caminhada é longa, e por isso, reconhecemos que precisamos de sua companhia. Muito obrigado porque podemos confiar nos senhores. Queremos que Deus sempre nos abençoe, amém.

14 outubro 2013

CARTAS AO JOÃO MARCOS – 1

~ Como glorificar a Deus com a sua vida ~


Meu amado filho João Marcos


Decidi escrever para instruí-lo no temor do Senhor. O meu desejo é que você aprenda em toda a vida como glorificar a Deus. O Senhor me deu um homem e sei que preciso treiná-lo com a autoridade da Escritura Sagrada, porque sabemos que ela é a nossa única fonte de regra de fé e prática. É verdade que também poderemos recorrer à sabedoria preservada nos catecismos da nossa herança reformada, pois neles encontraremos alimento da Palavra de Deus que tem nutrido gerações de homens fortes, que com a sua vida e em sua morte temeram e glorificaram a Deus. Por isso, usaremos tanto o Breve Catecismo de Westminster, como o Catecismo de Heidelberg em nossas cartas, certamente isso será muito proveitoso.

Em nossas conversas temos lembrado que “o fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”. Dia a dia essa verdade é o alimento para a nossa comunhão com Deus. Quão importante é guardar e entende-la com sabedoria. Medite sempre nisto: glorificar a Deus é algo precioso que enobrece um homem. Todas as nossas ações devem se mover com a intenção de que a santidade de Deus esteja presente nelas. Assim, quando você brincar com seus amigos, ou estiver assistindo um desenho, estudando na escola com seus colegas, navegando na internet, lendo um livro, reunindo-se com os irmãos nos cultos, ou fazendo qualquer outra atividade - tudo deve ser com a finalidade de amar mais e mais ao nosso Deus. Precisamos fazer o melhor para Ele, reconhecendo que tudo Lhe pertence. Viver diante de Deus é muito mais do que saber que Ele a tudo conhece e está em todo lugar, é também temer ofendê-Lo com o nosso pecado, e deste modo, deixando de viver a beleza da Sua santidade.

Existimos somente para glorificar a Deus! Você foi criado por Deus, e em todo momento e tudo o que acontece está sob o cuidado de sua mão invisível. Ele é o Senhor e governa todas as coisas para glorificar o seu precioso Nome. Ele lhe deu inteligência, saúde, dons, e um lar para crescer de modo saudável. Você tem o privilégio de desde a sua meninice conhece-lo com a sã doutrina da Escritura e servi-lo, isso é a maravilhosa providência de Deus sobre a sua vida! Você tem pais que creem e amam ao Senhor. Você é membro de uma igreja que zela pela fiel pregação da Palavra de Deus, da correta administração da Ceia do Senhor e da amorosa aplicação da disciplina na vida dos filhos de Deus.

Aos 6 anos você sabe ler e isso é algo riquíssimo, porque você pode ler, agora mesmo, o que escrevi para você! Estou reafirmando a você por escrito, o que conversamos diariamente. Então, você sabe que intencionalmente deve sempre glorificar a Deus. Sinceramente deseje que todo sucesso, prosperidade, ou admiração que você venha a ter, seja uma forma de verem que Cristo é o Senhor de sua vida. Mas se a providência de Deus quiser usar a dor, as perdas, ou toda sorte de sofrimento, nunca se entregue ao desespero, nem amaldiçoe ao nosso Redentor, pelo contrário lembre-se: qual é o seu único conforto, na vida e na morte? Tenha em seu coração e confesse diante das pessoas a firme convicção: “o meu único conforto é meu fiel Salvador Jesus Cristo. A Ele pertenço, em corpo e alma, na vida e na morte, e não pertenço a mim mesmo. Com seu precioso sangue Ele pagou por todos os meus pecados e me libertou de todo o domínio do diabo. Agora Ele me protege de tal maneira que, sem a vontade do meu Pai do céu, não perderei nem um fio de cabelo. Além disto, tudo coopera para o meu bem. Por isso, pelo Espírito Santo, Ele também me garante a vida eterna e me torna disposto a viver para Ele, daqui em diante, de todo o coração.” A sua vida pertence ao Senhor, e ela deve levar as pessoas a obedecer à Palavra de Deus sob sua influência, e conhecer ao Salvador a quem você serve.

13 novembro 2012

Vamos quebrar tudo?

Há uma música sertaneja cantada por Gilberto e Gilmar em que eles repetem no refrão “vamo quebra tudo, vamo, vamo. Vamo quebra tudo!” Mesmo sendo uma música engraçada ela nos faz pensar em como as pessoas tendem a destruir o que tem ou o que usam. Isso evidencia a sua tendência para o mal. Somos inclinados por natureza para coisas ruim. Parece ser o que a Bíblia ensina quando diz: “como está escrito: não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; e não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.” (Rm 3:10-18). Precisamos ter temor do Senhor para não sermos dominados pela nossa tendência má e destruidora.

Quem preserva, sempre tem. Você já observou que alguns objetos parecem ser descartáveis, dá até vontade de perguntar: por que a sua duração se tornou tão limitada? É verdade que antigamente algumas coisas, como os eletrodomésticos, demoravam estragar, e ainda assim, as pessoas zelavam para que não dessem defeito, e faziam isso usando de modo correto e limpando após o uso e guardando imediatamente. Mas a cultura do “estraga logo, que quero comprar outro novo, e mais moderno” está dominando a nossa mente. Esse pensamento nos leva ao relaxo, e a não valorizar o que temos. E isso é ruim! Pessoas gastam mais e tem menos. Por isso, quem preserva sempre tem, e isso é uma verdade que não se pode negar.

O que você usa hoje, possivelmente precisará de novo amanhã. Aqui em nossa igreja você já deve ter encontrado algo que está estragado. Alguém não pensou em você, nem nele mesmo, e muito menos na glória de Deus. O uso dos bancos, livros, armários, banheiros, bebedouro, objetos e móveis da cozinha, o equipamento de som, e etc, não são descartáveis. A Bíblia nos instrui que devemos preservar o que temos com inteligência porque não sabemos o dia de amanhã: “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete, e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra” (Eclesiastes 11:1-2). Cuide, poupe, não desperdice, não estrague e assim preserve e sempre terá.

Assim, permita-me dar algumas dicas bem práticas. Ensine o seu filho a não bater, nem danificar os brinquedos, os bancos, ou nos demais móveis de modo que estraguem. Seja você mesmo exemplo. Cada objeto tem o seu uso correto e nenhum deles funciona por meio da pancada ou da violência, ou ainda da sujeira. Não desperdice o que lhe é dado use somente o necessário. Não tenha aquela ideia errada de que “a gente pode estragar porque se precisar compra outro”, lembre-se: é para o nosso uso e de outras pessoas que também precisarão! Lembre-se “quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1 Co 10:31).

09 agosto 2012

Somos uma igreja discipuladora - 2

Somos uma igreja local intencionalmente discipuladora. Não queremos que a nossa igreja tenha apenas um programa de discipulado, e sim, que viva o discipulado. A estrutura que se criou foi resultado da necessidade de aperfeiçoamento dos novos membros, de líderes em processo de maturação, e de um novo nível de crescimento. O discipulado não é um fim em si mesmo, mas um instrumento que possibilita vivermos a fé cristã como Corpo de Cristo.

Não promovemos programas para que nossos membros se tornem ocupados em atividades corriqueiras. A igreja não é um agente de diversão, ela é o baluarte da verdade responsável em zelar pela fiel pregação da Palavra de Deus, e de treinar os crentes na obediência do seu chamado e no exercício responsável dos seus dons. A agenda da igreja é planejada de modo a cumprir o contínuo treinamento semanal, mensal e anual dos membros e líderes.

A nossa cosmovisão direciona o modelo de igreja que somos e o tipo de membros que queremos formar. Na verdade, a nossa preocupação é que eles vivam como cristãos maduros, regidos pela autoridade da Escritura Sagrada, e que tendo qualidade de vida, saibam que tipo de cristãos deverão reproduzir. Por isso o nosso conceito de discipulado é formativo.

Segue abaixo a nossa estrutura, ainda em desenvolvimento, para a nossa vivência de discipulado:

1. DISCIPULADO BÁSICO
1.1. Discipulando novos convertidos
1.2. Discipulando interessados
1.3. Discipulando candidatos à profissão de fé
1.4. Discipulando filhos da aliança [membros não-comungantes]
1.5. Discipulando membros antigos visando revitalização

2. DISCIPULADO AVANÇADO
2.1. Discipulando membros advindos de outra comunidade evangélica
2.2. Discipulando líderes em potencial

3. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL FORMATIVA
3.1. Preparando professores numa nova proposta
3.2. Formando e não apenas informando
3.2. Classes temáticas [adolescentes, jovens e adultos]
3.2.1. Catecúmenos
3.2.2. Dons e ministérios
3.2.3. Panorama de Antigo Testamento
3.2.4. Cosmovisão cristã

4. CURSO DE TREINAMENTO DE LIDERANÇA
4.1. Proposta do curso de teologia
4.2. Currículo do curso
4.3. Importância da participação dos membros

5. CURSO DE OFICIAIS
5.1. Treinando presbíteros
5.2. Treinando diáconos

6. CONFERÊNCIAS TEOLÓGICAS
6.1. Conferência de Teologia Para Jovens
6.2. Encontro da Fé Reformada

7. INCENTIVO À LEITURA TEOLÓGICA
7.1. Acessibilidade à literatura selecionada
7.2. Leitura como parte do processo de formação de discípulos maduros
7.2. Leitura como equipamento de liderança

06 abril 2012

A teoria de Charles Darwin e suas implicações éticas

Escrito por D. C. Spanner


A grande obra de Charles Darwin (1809-1882) foi “A origem das espécies por meio da seleção natural, ou a preservação das raças favorecidas na luta pela vida” (1859) foi um hiato na relação entre a ciência e a fé cristã. A sua teoria foi a primeira sobre a evolução orgânica que deu uma explicação plausível, em termos de processos puramente naturais, de como as criaturas vivas haveriam se diversificado adotando formas altamente complexas e formosas por mudanças graduais produzidas ao longo de enormes prazos de tempo. Ao fazê-lo, desafiava o argumento do design (o fato de que o design implica num Projetista) e a ideia (que muitos consideravam que representava o ensino bíblico) de que todas as espécies de plantas e animais seriam criadas individualmente e, numa época que não supera alguns milhares de anos atrás. Isto resultava de certa forma, indigesto a muitos no caso da espécie humana; parecia-lhes que roubava ao homem o ser “a imagem de Deus” e o reduzia a um status puramente animal. Os conceitos bíblicos do pecado e da Queda pareciam perder a sua validade, assim como qualquer ideia de que a raça humana tivesse um objetivo preordenado. Aparentemente Deus seria substituído pelo azar e a necessidade.

O Darwinismo teve um impacto considerável na moralidade privada e também aliada à ideia de Herbert Spencer (1820-1903) sobre a “sobrevivência do mais forte” na esfera dos negócios e da ética política (por exemplo: o racismo). As questões que suscitou a teoria de Darwin seguem muito ativas hoje em dia, e a doutrina bíblica da criação não sucumbiu, nem muito menos, a sua influência. De fato, em muitos sentidos a teoria evolucionista teve que passar a defender-se, se bem que teve êxito em forçar aos intérpretes em pensar duas vezes (como o fez a teoria heliocêntrica de Copérnico) certas formas antigas, mas superficiais de compreender o texto bíblico.


Extraído de David J. Atkinson & David H. Field, orgs., Diccionario de ética Cristiana y teologia pastoral (Terrassa, CLIE, 2004), pp. 409.

Traduzido por Rev. Ewerton B. Tokashiki
6 de Abril de 2012.

30 janeiro 2012

O que desejamos do nosso pastor

1. Seja íntegro e fiel ao nos nutrir com a Palavra de Deus.

2. Cuide de sua família. Ela é o seu primeiro rebanho. Então, acreditaremos que cuidará das nossas famílias.

3. Não perca a ternura.

4. Não seja orgulhoso.

5. Não seja um líder centralizador, nem opressor.

6. Ore por nós e conosco.

7. Auxilie-nos em nossa santificação pessoal.

8. Ajude-nos a andar dentro da vontade de Deus.

9. Instrua-nos na Palavra de Deus acerca do sentido e propósito da nossa vida.

10. Socorra-nos naqueles momentos de crise e desespero.

11. Ouça os nossos desabafos, desafetos e problemas nos aconselhamentos, buscando respostas na sabedoria da Palavra de Deus.

12. Chore conosco as nossas lágrimas.

13. Não desista de nós.

14. Esteja ao nosso lado nas angústias mesmo que em silêncio.

15. Traga-nos à memória porções da Palavra que podem nos dar esperança.

16. Com amor nos repreenda em nossos pecados, nos exortando ao arrependimento sincero.

17. Seja sempre um conciliador entre os nossos desentendimentos.

18. Treine e nos equipe para servirmos com eficácia e aceitação diante de Deus.

19. Ensine-nos a identificar e usar os nossos dons que o Espírito Santo nos deu.

20. Ajude-nos a ser produtivos, para não cairmos na futilidade e nem perdermos o nosso propósito de glorificar a Deus.

26 agosto 2011

E se Jesus fosse neopentecostal?

Por Felipe Almada

Se Jesus fosse neopentecostal, não venceria satanás pela palavra, mas teria o repreendido, o amarrado, mandado ajoelhar, dito que é derrotado, feito uma sessão de descarrego durante 7 terças-feiras, aí sim ele sairia. (Mt 4:1-11)


Se Jesus fosse neopentecostal, não teria feito simplesmente o “sermão da montanha”, mas teria realizado o Grande Congresso Galileu de Avivamento Fogo no Monte, cuja entrada seria apenas 250 dracmas divididas em 4 vezes sem juros. (Mt 5:1-11)

Se Jesus fosse neopentecostal, jamais teria dito, no caso de alguém bater em uma de nossa face, para darmos a outra; Ele certamente teria mandado que pedíssemos fogo consumidor do céu sobre quem tivesse batido pois “ai daquele que tocar no ungido do senhor” (Mt 5 :38-42)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria curado o servo do centurião de cafarnaum à distância, mas o mandaria levar o tal servo em uma de suas reuniões de milagres e lhe daria uma toalhinha ungida para colocar sobre o seu servo durante 7 semanas, aí sim, ele seria curado. (Mt 8: 5-13)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria multiplicado pães e peixes e distribuído de graça para o povo, de jeito nenhum!! Na verdade o pão ou o peixe seriam “adquiridos” através de uma pequena oferta de no mínimo 50 dracmas e quem comesse o tal pão ou peixe milagrosos seria curado de suas enfermidades. (Jo 6:1-15)

Se Jesus fosse neopentecostal, ele até teria expulsado os cambistas e os que vendiam pombas no templo, mas permaneceria com o comércio, desta vez sob sua gerência. (Mt 21:12-13)

Se Jesus fosse neopentecostal, quando os fariseus o pedissem um sinal certamente ele imediatamente levantaria as mãos e de suas mãos sairiam vários arco-íris, um esplendor de fogo e glória se formaria em volta dele que flutuaria enquanto anjos cantarolavam: “divisa de fogo varão de guerra, ele desceu a terra, ele chegou pra guerrear”. E repetiria tal performance sempre que solicitado. (Mt 16:1-12)

Se Jesus fosse neopentecostal, nunca teria tido para carregarmos nossa cruz, perdermos nossa vida para ganhá-la, mas teria dito que nascemos para vencer e que fazemos parte da geração de conquistadores, e que todos somos predestinados para o sucesso. E no final gritaria: receeeeeeebaaaaaa! (Lc 9:23)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria curado a mulher encurvada imediatamente, mas teria a convidado para a Escola de Cura para o aprender os 7... veja bem, os 7 passos para receber a cura divina. (LC 13:10-17)

Se Jesus fosse neopentecostal, de forma alguma teria entrado em Jerusalém montado num jumento, mas teria entrado numa carruagem real toda trabalhada em pedras preciosas, com Pôncio Pilatos, Herodes e a cantora Maria Madalena cantando hinos de vitória “liberando” a benção sobre Jerusalém. E o povo não o receberia declarando Hosana! Mas marchariam atrás da carruagem enquanto os apóstolos contariam quantos milhões de pessoas estavam na primeira Marcha pra Jesus. (Mt 21:1-15)

Se Jesus fosse neopentecostal, ao curar o leproso (Mc 1:40-45), este não ficaria curado imediatamente, mas durante a semana enquanto ele continuasse crendo. Pois se parasse de crer.. aiaiaiaia

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria expulsado o demônio do geraseno com tanta facilidade, Ele teria realizado um seminário de batalha espiritual para, a partir daí se iniciar o processo de libertação daquele jovem. (Mc 5:1-20)

Se Jesus fosse neopentecostal, o texto seria assim: “ Mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um pobre entrar no reio dos céus” (Mt 19:22-24)

Se Jesus fosse neopentecostal, não teria transformado água em vinho, mas em Guaraná Dolly. (Jo 2:1-12)

Se Jesus fosse neopentecostal, ele teria sim onde recostar sua cabeça e moraria no bairro onde estavam localizados os palácios mais chiques e teria um castelo de verão no Egito. (Mt 8:20)

Se Jesus fosse neopentecostal, Zaqueu não teria devolvido o que roubou, mas teria doado ao seu ministério. (Lc 19:1-10)

Se Jesus fosse neopentecostal, não pregaria nas sinagogas, mas na recém fundada Igreja de Cristo, e Judas ao traí-lo não se mataria, mas abriria a Igreja de Cristo Renovada.

Se Jesus fosse neopentecostal, não diria que no mundo teríamos aflições, mas diria que teríamos sucesso, honra, vitória, sucesso, riquezas, sucesso, prosperidade, honra ... (Jo 16:33)

Se Jesus fosse neopentecostal, ele seria amigo de Pôncio Pilatos, apoiaria Herodes e só falaria o que os fariseus quisessem ouvir.

Certamente, Se Jesus fosse neopentecostal, não sofreria tanto nem morreria por mim nem por você... Ele estaria preocupado com outras coisas. Ainda bem que não era.

Fonte: Fé & Razão

30 dezembro 2010

Pastoral para 2011

Amados irmãos, em 2010 na avaliação final concluímos que tivemos um ano produtivo. Foi positivo apesar das dificuldades, perdas, e não cumprimento de algumas metas. Nem por isso vamos paralisar e lamentar o que não alcançamos, mas precisamos avaliar o que ainda precisa ser realizado, que não iniciamos, ou está inacabado e nos empenharmos firmemente com o compromisso de que tudo seja feito para a glória de Deus, e que sob a Sua aprovação poderemos cumprir os objetivos para 2011.

Para que tudo dê certo primeiramente precisamos da benção do nosso Senhor Jesus. Sem Ele nada poderemos fazer, sem que seja da Sua vontade nada se cumprirá e, sem que se tenha a intenção de promover o Seu nome pela proclamação do evangelho não teremos êxito em nossos projetos (Jo 15:5). Assim, em tudo o que fizermos não nos esqueçamos da oração, da direção do Espírito do Senhor, de avaliarmos as motivações e o objetivo, e ainda de suplicar a Sua aprovação.

Em segundo lugar, olhemos a igreja local como um todo. Não pensemos isoladamente, nem promovamos ações ou projetos excludentes. Lembre-se: você ou o grupo em que você participa faz parte de algo maior. Temos uma agenda de atividades para o ano, então, quando possível evitemos conflitos de atividades. Não cometamos o erro de promover uma igrejinha dentro da igreja. Somos um corpo que precisa crescer proporcionalmente “seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Ef 4:15-16). Pensemos que em cada atitude como uma indispensável participação, fazendo-se presente, somando, contribuindo, sugerindo, avaliando, divulgando, construtivamente criticando, de modo que, todos sejam durante o processo e no final beneficiados. Informe-se quanto aos projetos que o Conselho aprovou para 2011, e veja como você se inclui neles.

Pr Ewerton B. Tokashiki

O que cremos sobre casamento misto?

"Nesta proibição inclui-se também o matrimônio, visto que ele é um laço que pode envolver homens e mulheres num consenso de impiedade. ...